Vamos combinar que já se falou muito sobre gestão de desperdícios na Construção Civil, mas é uma questão em aberto, que ainda não foi resolvida. Por isso, nunca é demais voltar ao assunto, com novas abordagens, na busca de soluções práticas, você não acha.
Neste sentido,vou trazer para você neste artigo uma possibilidade bem interessante, bastante eficaz, com a utilização do módulo Suprimentos do Sienge. Quem já experimentou garante que alcançou uma grande economia no seu canteiro de obras.
Isto é significativo porque, todos os levantamentos confirmam, ainda são grandes os prejuízos da construção civil devido à falta da gestão de desperdícios. A tendência, normalmente, é o gestor cuidar disso por um tempo e depois afrouxar os controles, por causa de outras demandas urgentes.
Não faça isso!
O monitoramento das perdas e as contra-medidas devem ser permanentes, obra após obra, pois todos os especialistas alertam: os desperdícios corroem e até podem acabar com a sua lucratividade.
O assunto é grave e vamos falar mais disso, temos informações importantes e dicas valiosas para você. É só prosseguir a leitura.
Ajustar o conceito de desperdício
Um primeiro passo, indispensável, no tratamento do problema é dar uma definição precisa do que estamos falando, ou seja, é preciso ajustar o conceito do que seja o desperdício.
Desperdício não diz respeito apenas aos materiais
Claro, desperdício significa o uso de insumos acima do realmente necessário ou o uso incorreto dos insumos. As consequências disso não se limitam às perdas de materiais. Significam também retrabalho e perda de tempo e obras sem a devida sustentabilidade, um valor que é estratégico na sociedade atual.
Tudo isso significa custos extras e prejuízos, ao final das contas.
Considere esse cálculo básico: se a margem de lucro de uma construção é 10% e o desperdício é também é 10%, isso quer dizer que seu lucro é zero. No entanto, se a gestão for eficiente e o desperdício zerado, sua margem de lucro tem um ganho de 100%.
Desperdício incorporado
O fato é que o conceito de desperdício passou por uma mudança muito sensível, que se for bem assimilada vai resultar numa gestão de desperdícios mais eficaz quanto a esse tema.
A principal mudança diz respeito à noção de “desperdício incorporado”, que deixou para trás a ideia de que desperdício é apenas aquilo que vira entulho. Nada disso.
Veja o exemplo citado pelo engenheiro engº de custos Aldo Dórea Mattos: Numa laje projetada para ter 10 cm de espessura, mas que é concretada com 11 cm, embora ao final nenhum desperdício seja visível, na verdade, essa laje consumiu 10% mais concreto do que deveria ter consumido.
Esse mesmo centímetro adicional representaria 25% a mais em uma laje de 08 centímetros. E não há sobras de material à vista, mas o desperdício ou perda aconteceu!
A engenheira Wanessa Fazinga, mestre em engenharia de edificações e docente na Universidade Estadual de Londrina (UEL), também explica como este conceito mudou.
“Falar de perdas de materiais passou a ser criticado como uma visão muito simplista. A “onda” agora é que, quando se vê a mão de obra envolvida com muitos transportes de materiais dentro do canteiro, isso é perda; quando o trabalhador se movimenta muito, agacha e levanta, sobe e desce de andaimes, isso é perda; quando algo fica pronto mas tem defeito, é perda.”
Portanto, desperdício é bem mais do que o entulho, simplesmente.
Olhar ampliado
A conclusão disso é que o olhar sobre a gestão de desperdícios precisa ser ampliado e aperfeiçoado, para que nada de importante escape do controle.
Então, após essa rápida pincelada sobre o conceito, já vimos que há muito mais questões envolvidos nos desperdícios do que se pensava antes, não é verdade?
Vamos em frente mas, antes, deixe eu sugerir a você um material específico sobre o assunto, o nosso Ebook sobre Desperdícios na Construção Civil.
Nele você vai encontrar excelentes dicas sobre como identificar o desperdício na sua empresa e combatê-lo. Para baixá-lo gratuitamente, basta clicar na imagem.
Tipos de perdas
É bem interessante você conhecer a lista dos tipos de perdas que foi elaborada pelo Núcleo Orientado para a Inovação da Construção (NORIE) da UFRGS,. Elas foram classificadas em em nove categorias, pelo menos.
Ao ter isso em mente, o gestor passa a ter um olhar mais agudo, com lente de aumento, sobre aspectos que talvez não esteja levando em consideração. Veja quais são essas perdas, identificadas pelo engenheiro Carlos Formoso e outros autores do estudo:
- Perdas por superprodução: ocorrem devido à produção de materiais, como argamassa, em quantidades superiores às necessárias.
- Perdas por substituição: decorrem da utilização de um material de valor ou características de desempenho superiores ao especificado.
- Perdas por espera: são relacionadas com a sincronização e o nivelamento dos fluxos de materiais e às atividades dos trabalhadores.
- Perdas por transporte: estão associadas ao manuseio excessivo ou inadequado de materiais e componentes devido à má programação das atividades ou de um layout ineficiente.
- Perdas no processamento em si: decorrem da falta de treinamento da mão de obra ou de deficiências no detalhamento dos projetos.
- Perdas nos estoques: estão associadas à existência de estoques excessivos, em função da programação inadequada na entrega dos materiais ou de erros na orçamentação, entre outros equívocos.
- Perdas na movimentação: decorrem da realização de deslocamentos desnecessários dos trabalhadores, na execução das suas tarefas. Podem ser gerados por frentes de trabalho afastadas e de difícil acesso, falta de estudo de layout do canteiro e do posto de trabalho e falta de equipamentos adequados.
- Perdas devido a produtos defeituosos: ocorrem quando são fabricados produtos que não atendem aos requisitos de qualidade especificados.
- Outras: existem ainda tipos de perdas de natureza diferente dos anteriores, tais como roubo, vandalismo, acidentes, etc.
Gestão de desperdícios eficaz
De olho em cada um desses itens, é preciso adotar um planejamento realmente eficiente, orçamentos precisos e todas as medidas possíveis para impedir a sangria do desperdício.
Certamente, você deve querer saber quais seriam as providências mais urgentes numa gestão de desperdício eficaz.
Vamos a algumas delas. O Ebook que indicamos temos sete soluções para isso:
- Acompanhar seus processos
- Criar indicadores de desperdício;
- Modelo atualizado em tempo real;
- Investir em tecnologia;
- Ter um bom planejamento;
- Contratar mão de obra qualificada;
- Investir na sustentabilidade.
Vamos nos deter, brevemente, nos indicadores de desperdício, porque eles podem ajudar bastante o seu trabalho.
Sempre que uma melhoria está sendo implantada, como a gestão de desperdício, é necessário que um ou mais indicadores de desempenho sejam monitorados.
Entre os diversos indicadores de perdas na Construção Civil, os autores do artigo acadêmico citam como exemplos os seguintes:
- Percentual de material adquirido em relação à quantidade teoricamente necessária.
- Espessura média de revestimentos de argamassa.
- Tempo de rotação de estoques.
- Percentual de tempos improdutivos em relação ao tempo total.
- Horas-homem gastas em retrabalho em relação ao consumo total.
Como calcular as perdas na Construção Civil
A fórmula de cálculo das perdas de materiais pode ser a seguinte:
IP(%) = [(QMR – QMT) / QMT] . 100
IP(%) = indicador de perdas expresso percentualmente;
QMR = quantidade de material realmente necessário;
QMT = quantidade de material teoricamente necessário.
Para facilitar ainda mais a sua vida, temos um produto especial para você: o Quadro de Indicadores de Desperdício na Construção, que pode ser baixado gratuitamente no link.
Com esta planilha você vai saber o nível de desperdício geral e também obter informações sobre cada tipo de indicador, inclusive perdas relacionadas ao desempenho da mão de obra.
Vamos em frente. Agora você vai saber, finalmente, o quando o módulo de Suprimentos Sienge pode ajudá-lo no combate ao desperdício.
Módulo Suprimentos x Desperdício
Neste aspecto, é preciso ressaltar a eficiência do Sienge, um sistema de gestão ERP – Enterprise Resource Planning, especializado na Indústria da Construção.
Com ele é possível gerenciar e integrar todas as áreas de uma empresa e monitorar todas as operações, fluxos, em tempo real. Isso inclui, obviamente, a área de suprimentos, compras, fornecedores e outras áreas vitais quando se fala em perdas.
A esse respeito, foi realizado um estudo junto a clientes que implantaram o software Sienge. O levantamento identificou que, no processo manual, um comprador leva em torno de 58h para realizar uma média de 100 cotações junto a 5 fornecedores.
Utilizando o módulo Suprimentos do Sienge, esse número cai para 23h, e com a ajuda do Portal do Fornecedor do Sienge o comprador realiza essa tarefa em 7h.
Just in Time
Com fornecedores confiáveis, além do bom preço, cotados através do Sienge, podemos sincronizar melhor a chegada de suprimentos com a demanda no empreendimento.
É o conhecido Just in Time, “a quantidade certa no tempo certo”, que normalmente se associa às fábricas, mas se aplica perfeitamente à construção civil, também. Com isso, os produtos chegam na hora exata e no volume correto para serem utilizados,
Esta funcionalidade garante a melhoria das condições de estoque, ajuda a evitar desperdícios e favorece um cálculo mais preciso da quantidade de suprimentos úteis para a obra. Isso evita compras maiores do que o necessário
Com isso, ganha-se também na otimização da utilização dos recursos, do emprego de mão-de-obra e do tempo gasto nas mais diversas operações.
Veja agora outra dica que vai ajudá-lo muito nos seus empreendimentos, o nosso Ebook sobre gestão de obra. Você pode baixá-lo gratuitamente clicando na imagem.
Ele reforça, por exemplo, que um software de gerenciamento de obra reduz as chances de extravio de suprimentos e calcula com mais precisão o espaço para armazenamento dos insumos.
Garantia contra compras desnecessárias
O módulo Suprimentos é uma garantia contra compras desnecessárias porque elas só ocorrem após a definição do orçamento. Isto é, um pedido de compra só é feito se ele já estiver previsto no orçamento previamente criado.
Além disso o módulo Suprimentos do Sienge permite que você gerencie de forma simples os fluxos de compras, estocagem, distribuição de materiais e a contratação de serviços. Para agilizar os processos, o módulo trabalha de forma integrada com o Financeiro, confrontando sempre com os valores e quantidades orçados.
A partir das notas fiscais, é realizado o registro de consumos e transferências. Com o registro dos movimentos de consumo, é possível informar exatamente em quais tarefas ou etapas o material foi aplicado.
Assim, o Sienge controla automaticamente e fornece informações sobre quantidades orçadas x compras x consumidas de cada insumo representativo, oferecendo uma gestão completa.
Em resumo, o controle total do estoque, proporcionado pelo módulo suprimentos, somado às outras funcionalidades do Sienge, diminui os estoques, reduz desperdícios e aumenta a margem de lucro da empresa.
Peça agora uma demonstração gratuita do Sienge aqui.
Conclusão
Conforme uma tese da Escola Politécnica da USP, o desperdício da construção civil chega a 30%, mas a pesquisa teria sido realizada com base em apenas uma obra.
Já outra pesquisa coordenada pela Politécnica, com 15 universidades e mais de 100 canteiros de obras, apontou que a perda de materiais chega a 8%. Embora o número não seja tão absurdo, os índices de canteiro para canteiro variam muito, mais baixos ou mais elevados.
Além disso, as perdas isolada de alguns materiais são altíssimas. No caso da argamassa, chegaram a 50% em algumas obras. Quanto ao cimento, variaram de 8% a 288%. Seja como for, não é possível menosprezar o problema.
Cada empresa precisa levar isso em consideração nos seus cálculos de lucratividade e tomar as providências necessárias.
Você teve aqui alguns indicativos importantes, mas esperamos poder ajudá-lo mais ainda a enfrentar e resolver essa questão nos seus empreendimentos. Conte conosco, é só fazer contato.
Espero que nosso conteúdo tenha sido útil para você. Por favor, deixe seu comentário e compartilhe, pode ser útil para outros empreendedores e outros profissionais da área também.
Até o próximo artigo!
Gestão de desperdícios aplicada – Práticas comprovadas Publicado primeiro em https://www.sienge.com.br
No comments:
Post a Comment