Reforma de apartamento é sempre uma missão difícil e que exige muita paciência reformar apartamento, além de uma reserva financeira. Se for um lançamento, o transtorno costuma ser menor, já que os moradores ainda não estão morando nele. Porém, se for uma reforma em um imóvel já habitado, é preciso ter mais cuidado para acelerar a obra e não estragar o que já está dentro dele. No entanto, em ambos os casos é fundamental ter um planejamento para que a reforma não se estenda demais, gere menos transtornos e ainda saia tudo perfeito. Então a dúvida que fica é: como reformar meu apartamento? Saiba os cuidados, planejamento, gastos e como evitar que o transtorno seja grande com a obra dentro de casa.
Cronograma
Ter um cronograma da obra faz parte do processo e é importante estar atento a ele para que a reforma não atrase, como é comum de acontecer. “O planejamento é essencial para conseguir seguir um cronograma na hora de reformar o apartamento, principalmente em relação ao tempo de obra. Se não planejar, é certeza que a obra vai durar muito mais do que o tempo que se imaginava. Na questão do orçamento também. Se não se planejar, acaba gastando mais do que devia”, afirma José Luiz Sobral, sócio do escritório Calazans e Sobral Arquitetura.
O cronograma só traz pontos positivos, mas é preciso saber organizá-lo para dar tudo certo. “O cronograma só ajuda, mas nem todas as pessoas têm expertise para fazer isso. Às vezes o empreiteiro ou engenheiro sabe, poucas vezes o pedreiro e outras o cidadão comum. O cronograma seriam as fases e etapas do processo de reforma e serve para definir por onde vai começar primeiro e o que será feito na sequência. Mas tudo vai depender da dimensão da reforma, se vai precisar demolir ou não. O importante é organizar quanto tempo cada etapa vai durar. Também se forem várias equipes, se elas vão trabalhar juntas. No entanto, se for uma reforma menor, o cronograma não precisa ser tão detalhado”, explica Lucy Karla Mizael, personal organizer, facilitadora doméstica e proprietária do site Dicas da Lucy.
Pesquisa
O cronograma também ajuda a ter tudo bem definido do que realmente a reforma se propõe para, a partir daí fazer uma pesquisa de mercado. Então é bom se questionar: “Vou reformar meu apartamento, o que eu preciso?”. “A partir do momento que define, pode começar uma pesquisa e ela vai fazer toda a diferença em relação à duração da reforma porque tem que estar muito ciente dos prazos de entrega do que foi escolhido. Às vezes existe pronta-entrega, mas em outros casos não. Então, para seguir o cronograma, tem que estar bem ligado nessa parte dos prazos de entrega. Além disso, precisa ter uma ideia em relação aos preços e a pesquisa vai ajudar porque, às vezes, o valor altera bastante de um lugar para o outro”, sugere José Luiz Sobral.
Gastos na reforma do apartamento
O primeiro passo importante em relação ao orçamento para reformar o apartamento é definir um teto de gastos. “É sempre bom definir isso porque, geralmente, os orçamentos sempre acabam passando um pouco do esperado e é bom ter um teto de gastos para não ter dor de cabeça depois, caso tenha algum contratempo durante a reforma, que sempre existe, e se precisar fazer alguma alteração. Outro ponto é fazer uma pesquisa de preços de materiais porque, às vezes, consegue encontrar um produto muito similar à proposta que estava querendo por um preço bem mais acessível”, pontua José Luiz Sobral.
Obras
As obras são divididas por etapas e existe uma sequência a ser cumprida para dar tudo certo na reforma. “Geralmente dividimos em obra bruta e obra fina. A bruta é a primeira coisa a ser feita porque é a parte da demolição e da construção do que precisa ser feito. Depois seguem os pontos elétricos e pontos de luz no teto. A partir do momento que o eletricista conclui essa parte, geralmente se faz o gesso antes do piso porque, se o piso estiver aplicado e houver algum problema com o gesso, pode danificar o piso. Então antes o gesso e depois o piso e, na sequência, a pintura e o mobiliário, se tiver algo de marcenaria e móveis modulados”, detalha José Luiz Sobral.
Cuidado com as alterações durante a reforma do apartamento
Fazer alterações no projeto ao longo da reforma pode não ser uma boa ideia, já que vai gerar mais transtornos e também mais gastos. “Se quiser mudar algo no meio da reforma é uma das piores coisas que se pode fazer, principalmente em relação ao tempo e resultado. Uma questão relevante é a parte de revestimentos porque um material é sempre diferente do outro, então um material alterado pode mudar completamente o projeto. Aí é preciso ter ciência e total certeza que quer fazer alguma mudança durante a reforma”, explica o arquiteto.
Pontos elétricos
Na reforma do apartamento, é preciso ter atenção especial à parte dos pontos elétricos, que faz parte da obra bruta e deve ser uma das primeiras coisas a serem feitas. “Isso porque geralmente precisa rasgar a parede para passar a fiação embutida e é bom que faça antes, a hora de fazer é no começo da obra. Nunca se deve mudar um ponto elétrico depois de estar tudo pronto, principalmente na cozinha, área de serviço e banheiro, que têm o revestimento e, se decide alterar um ponto elétrico no decorrer da obra ou quando o revestimento já estiver aplicado, vai resultar em um gasto maior porque vai perder o revestimento já usado porque vai precisar quebrar e passar a fiação”, explica o arquiteto.
Proteção dos móveis
Se a reforma não vai impactar tanto o imóvel e os móveis continuarão dentro dele, é preciso protegê-los para que não se estraguem durante a obra. “Pode usar lençóis velhos ou lonas também. A lona pode ser comprada a metro e passa a fita para ela não cair. A depender do móvel é bom usar plástico bolha. A televisão, por exemplo, é bom remover do móvel, enrolar em plástico bolha e colocar em um local seguro. O ideal é que esses objetos que têm telas e coisas que podem quebrar devem ser armazenados em caixa com plastico bolha como se fosse uma mudança mesmo. Tem que pensar que os bens têm valor e a pessoa não quer que estraguem”, ressalta Lucy Mizael.
Mas se a reforma do apartamento for mais complexa e vai impactar na casa toda, o cuidado com os móveis precisa ser redobrado. “Aí precisa fazer igual como se fosse uma mudança. Tem que comprar plástico bolha, armazenar, embalar em jornal, colocar dentro de caixas, etiquetar e identificar por cômodo. Pode escrever com um pincel e deixar armazenado tudo em um lugar só. Por exemplo, se for reformar a sala e a casa tem três quartos, pode pegar um deles para guardar as coisas da sala. Mas se vai fazer uma reforma que vai precisar sair de casa, uma opção é guardar tudo em um box de armazenamento, existem esses espaços para usar por um período pagando uma taxa”, explica Lucy Mizael.
Sair ou ficar durante a reforma do apartamento
Em imóveis que não são novo e os moradores já vivem no espaço, é preciso tomar uma decisão importante baseado na dimensão da obra que será feita: sair ou ficar em casa durante o período da reforma do apartamento? “Tem que ter claras as etapas da obra, a previsão de tempo que vai durar e o quanto ela vai impactar no imóvel para decidir se vai precisar sair ou ficar. Por isso também é fundamental planejar tudo antes e estabelecer um cronograma para saber quanto tempo a equipe vai ficar para tomar essa decisão”, explica Lucy Mizael. “Se a decisão for por sair, a pessoa deve fazer uma mala e ir para um lugar que fique bem alojado, seja na casa de parentes ou um hotel, se possível. Já se for ficar em casa, ela deve tornar a vida mais simples possível e deixar em uso aquilo que for mais prático, tanto de roupa e roupa de cama, quanto utensílios”, acrescenta.
Para José Luiz Sobral, sendo o imóvel novo, o ideal é fazer a reforma antes da mudança. “Toda reforma gera contratempo. Então se for uma obra como mudança de parede, de piso, de gesso, melhor fazer tudo antes. Mas se for algo menor, como em um banheiro, principalmente tendo outro na casa, é possível fazer a reforma em um determinado espaço que vai estar fechado e não vai atrapalhar as atividades da residência”, reforça. Mas se os moradores já vivam no imóvel, é possível fazer a reforma, mas mais difícil. “Geralmente quando o cliente quer mudar muita coisa, a gente indica alugar outro imóvel temporariamente. Mas se ele não quiser, tem que fazer por partes e esse tipo de reforma acaba sendo muito estressante para quem vive na casa e tem muita poeira, é até ruim para a saúde”, complementa o arquiteto.
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