Durante a preparação para o vestibular, para o Enem ou, até mesmo, processos seletivos, é fundamental estudar os diferentes tipos de redação, entendendo quais são os requisitos de cada uma e as diferenças entre elas.
Não basta ter uma escrita correta e prezar pelas normas de ortografia e gramática. O conhecimento sobre o estilo e a estrutura textual é fundamental para atender ao que foi solicitado pela banca e conseguir uma boa pontuação, afinal, esse é um dos critérios avaliados — e não seguir o tipo de texto solicitado pode zerar a sua nota.
Você conhece quais são os tipos de redação existentes? Para auxiliar nos seus estudos, listamos e explicamos as principais modalidades cobradas. Confira!
Dissertação
A dissertação é um tipo de redação argumentativa, em que o autor deve abordar determinado assunto por meio da exposição de ideias, da argumentação e do seu ponto de vista. É fundamental transmitir credibilidade e consistência com os argumentos e dados apresentados, dando atenção ao formato persuasivo do discurso. A estrutura deve conter:
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introdução (tese): o autor deve apresentar as ideias que serão defendidas;
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desenvolvimento: as ideias indicadas na introdução devem ser desenvolvidas, convencendo o leitor com base em argumentos e dados concretos;
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conclusão (nova tese): o desfecho do texto, que deve ser coerente, com base nos argumentos usados na redação.
A linguagem deve ser impessoal e objetiva, mais comuns na 3ª pessoa do singular e adotando frases ou períodos mais cursos. A seriedade também é importante, por isso, o ideal é evitar termos coloquiais, gírias e gerúndio na construção.
No Enem, a redação cobrada é do tipo dissertativo-argumentativo. A diferença é que também é exigida a apresentação de uma proposta de intervenção social para solucionar o problema apresentado no tema.
Narração
Os textos narrativos são aqueles que contam uma história, baseada em fatos reais ou fictícios. Jornais e livros, por exemplo, frequentemente adotam esse modelo para contar histórias que aconteceram.
Já a narração fictícia é conhecida pelos livros de histórias, que não têm compromisso com a realidade e permitem que o autor crie os fatos de acordo com o seu desejo e imaginação. Os elementos desse tipo de redação são:
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enredo;
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espaço;
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personagens;
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tempo.
A estrutura também é diferenciada. Ela começa com a apresentação (como se fosse a introdução), que explica os personagens e as circunstâncias da história.
Em seguida, existe o conflito ou complicação, que é onde o texto se desenvolve para conduzir o leitor ao clímax. Esse é o ponto da narrativa em que há o momento crítico, que precisará de um desfecho. Essa parte equivale ao desenvolvimento.
Por fim, o desfecho é a solução do conflito abordado no desenvolvimento, ou seja, equivale à conclusão da história. Na narrativa, o autor pode adotar os seguintes estilos de escrita:
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1ª pessoa: narrador personagem, que participa da história.
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3ª pessoa: narrador observador, que não participa da história;
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1ª e 3ª pessoa: narrador onisciente, não participa da história, mas pode intervir na narrativa como 1ª pessoa.
Descrição
A descrição é uma redação com objetivo de representar com palavras determinados objetos, pessoas, lugares ou acontecimentos. O texto deve conter uma narração detalhada sobre determinado assunto, para que o leitor consiga criar uma imagem em sua mente sobre o que foi descrito.
O ponto de vista do autor pode ser desenvolvido de duas formas: objetiva ou subjetiva. A descrição objetiva, que é sem emoções, com linguagem simples e direta, com a finalidade de não permitir mais de uma interpretação sobre o que foi o escrito. Já a subjetiva é aquela em que o autor trabalha o assunto de um modo mais rico, expressando emoções e permitindo que o leitor interprete o texto de um jeito mais amplo.
Por ter a função de passar uma imagem ao leitor, é constante a presença de adjetivo e locuções adjetivas, para caracterizar da melhor forma o item descrito. A maior dificuldade é que, pela sua natureza, essa é uma redação parada, o que pode torná-la entediante. Desse modo, é importante adotar uma linguagem clara e dinâmica para prender a atenção do leitor.
Carta
A carta é um texto elaborado com o objetivo de se comunicar com alguém. Portanto, ela tem um remetente (autor) e um destinatário, e deve seguir esta estrutura:
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cabeçalho, com local e data;
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saudação;
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corpo do texto;
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assinatura.
Ela deve apresentar o ponto de vista do autor em todo o corpo do texto e adotar uma linguagem específica de acordo com o destinatário. Se for uma carta pessoal, por exemplo, a linguagem pode ser mais leve e informal.
Por outro lado, caso seja endereçada a uma autoridade, fazendo pedidos e reivindicações, o tom deve ser mais formal e apresentar uma boa capacidade de argumentação. Aqui, vale destacar que a carta argumentativa é a mais comum nos vestibulares, quando a banca opta por esse tipo de redação.
Texto jornalístico
O texto jornalístico é usado em notícias e reportagens com a finalidade de informar o leitor sobre determinados acontecimentos ou fatos, portanto, deve ser claro, objetivo e impessoal. De modo geral, ele mistura elementos das redações narrativas e dissertativas, com a inclusão de dados relevantes como:
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dados;
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personagens;
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motivações;
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fatos.
Além disso, apesar de ser um tipo de redação, o texto jornalístico pode ter diferentes categorias que devem ser estudadas para o vestibular. Veja só:
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notícia:
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reportagem:
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editorial;
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entrevista;
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artigo;
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resenha;
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crônica.
Em regra, essa não é uma redação opinativa e o autor não deve incluir seus pensamentos pessoais na construção, pois o objetivo é repassar informações relevantes para o leitor. Entretanto, em alguns modelos específicos, como nos textos editoriais e artigos, as opiniões podem ser incluídas.
Portanto, ao se preparar para a redação, é fundamental ter atenção a todas as categorias, verificando suas características, requisitos e diferenças. Assim, durante a prova você terá mais tranquilidade para elaborar o texto de acordo com o exposto no problema.
Pronto! Depois de conhecer os principais tipos de redação, é importante estudá-los e treinar a elaboração para garantir bons resultados no vestibular. Assim, você garante a vaga no ensino superior e desenvolve melhor a habilidade de escrita, que também será importante durante a faculdade.
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